Tuesday, February 07, 2006

Será que trancou a porta?

Não é que ela quer de volta;
Não é que ela nunca quis.
Será que ela se revolta
Quando tranca a porta?
Somos muito hostis!
Pego só o travesseiro:
No sofá eu vou dormir
Pelo dia aventureiro
Que insiste em não cair.

Será que trancou a porta?
Será que dá pra entrar?
No meio de uma noite fria
Ela nem desconfia
Que eu quero ingressar.
Vou virar devagarzinho
Que é pra ela não acordar
E, ao lado do meu benzinho,
Me aninho pra deitar.

5 Comments:

Anonymous Anonymous said...

André, não rias de mim, mas tu escreves com o violão ao lado? Se não o fazes, experimenta colocar dentro de música. Chego a escutar a música aqui. Esta poesia me lembrou o som do Chico Buarque. Amei! Carinhos

4:21 PM  
Blogger Artemis said...

Espelho!!! Quer a prova de que é meu espelho? Vai ver o post de hoje... Acabo de postar, venho aqui e vejo isso!


Lindo, como sempre. E eu, como sempre, redundante!

6:31 PM  
Blogger Lubi said...

=D
"...a porta trancada, me lembra você a toda hora... A porta me lembra o tempo que se perdeu... Perder é não ter a bússola, é não ter aquilo que era seu... E o que você? Orientação..."

Li esse seu post e fui... Essa música da Ana Carolina ficou em minha mente o dia inteiro... Voltei e reli... Adorei...
Coração na boca, com suas palavras... Pra variar...

Beijos!
Saudades!

4:19 PM  
Blogger Lubi said...

Canto... Mais um pedaço... (Estou escutando-a agora!)

"Eu pulo as janelas
Será que eu tô trancado aqui dentro?
Será que você tá trancado lá fora?
Será que eu ainda te desoriento?
Será que as perguntas são certas?
Então eu me tranco em você
Eu me tranco em você
E deixo as portas abertas..."

3:39 AM  
Anonymous Anonymous said...

Que lindo Poeta!!!Simples..eloqüente..direto...bom ler o que escreve..desejo exposto...sentimento contido...Beijo..

3:27 PM  

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